Descobri,
que a chuva que cai na casa dele,
dedilhando melodias, não é a mesma
que lava o telhado da minha.
que lava o telhado da minha.
Constatei que as poesias,
que fiz em madrugadas frias,
nem sequer foram lidas,
ficaram dormindo ao lado do
travesseiro com outra companhia.
Percebi que para ele,
não há orgulho algum em ter sido,
a inspiração de tantas e
tantas palavras inflamadas.
Comprovei, que para ele os números são
muito mais importantes do que todas as letras
que compus pensando nele.
Soube a muito, que seus
sonhos não são semelhantes aos meus.
Resta-me aceitar, que não fomos feitos da
mesma rima e que consequentemente não teremos direito
a viver na mesmo ramalhete de poesia.
Descobri, mas já sabia...