NO FIM DA MINHA RUA...

Minha rua é espaçosa, larga, comprida...

E eu gosto de andar na avenida.

E bem lá no fim da rua,

Logo depois da curva do Umuarama,

Ainda existe intacta uma casinha...

Uma casinha que nem é tijolo ou taipa...

Não é casa... não é lar....

Eu já nem sei o que é,

Não sei se aquilo é um bar,

Ou se é um lugar de fé.

Vi crianças pelo chão,

E uma barriga na mulher...

Que diz que foi de uma paixão:

Com um fulano de tal José,

Que agora ama um tal de João,

Mas que já foi louca por um tal de Dedé...

Nessa casa muita gente vai,

Dizem que até crime nela já se deu...

Não existe nesta casa um pai,

Se lhe perguntam, responde:

-Morreu!

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 26/11/2013
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