Frankenstein
Eu me montei aos pedaços
Painel de recortes no espelho
Montagem de fragmentos meus
Que não conheceu o regaço
Da mãe que em mim nasceu
Inversa concepção, nunca a vi
Pois eu a criei, precisava...
Em um mundo em que vivi
De alguma mama me alimentei
Passei por experiências
Sou tudo que vivenciei
Mas não guardo reminiscências
Que não me pesem na consciência
Não devo ter sido só erro
Só não explico o meu desterro
Eu de mim me afastei
Vivo a vida dentro de um prazo
Que viva em mim conforto no ocaso