Escolhas

Navego nas asas de uma solidão que plana num céu de possibilidades. Eu moro nos ares que enfeitam a vida na convivência de três a quatro pessoas em quem posso confiar meus delírios.

Deliro sobre um chão de obrigações que sufocam todo respirar mais profundo que posso me proporcionar. Vejo a hora no relógio de mudanças em que o ponteiro já se força para avançar.

Escolho os caminhos em que as estrelas e nuvens revezam-se em noites e dias. Busco a luz que me destinará o destino mais certo e menos crivado de dores possível. Opto por este brilho ou por aquela chuva, luz que não me ofusque o ver, ou água que não traga raios que me podem as asas.

Limpo o meu caminho de todo o peso que a tempestade possa pesar. Canto e plano com as batidas de minhas próprias asas vendo-me me subir a medida que salto ou evito obstáculos que não precisam estar ali. Pelo menos minhas escolhas devem ser minhas aliadas.