BARCO À DERIVA

Em meio à imensa tempestade

ventos uivantes!

Chicotes de raios estalando.

Estrondam os trovões raivosos.

As águas dançam alucinadas.

E o barco sobe alto, muito alto.

Balanço pendular de lá para cá.

Rodopia nos redemoinhos das ondas gigantes.

Vento frio congela os tripulantes.

Ouve-se o tremor e bater de mandíbulas,

medo, frio...muito frio.

A água escorre nos corpos congelados e molha a embarcação.

Os braços da água causam pânico

parecem querer esmagá-los.

Vento, trovões e raios começam a recuar,

aos poucos, vão distanciando.

A música orquestral do mar suaviza.

As águas amenizam e voltam a bailar lentamente...

O barquinho, que antes não tinha direção,

desliza devagar, bem devagar...

Os tripulantes trêmulos não acreditam.

Resistiram à tempestade!

Eles e o barco.

Sem rumo derivam a mar aberto.

O medo que os domina é o silêncio.

A imensidão de água azul,

é o infinito desconhecido, inalcançável.

O nada é tudo no momento.

Jennifer Melânia
Enviado por Jennifer Melânia em 14/11/2013
Reeditado em 14/11/2013
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