Tempestuosa e devastadora

Talvez eu não estivesse apaixonado por você, ou amasse, mas,

sentir seus beijos queimar-me acendia meu coração.

Nos distanciamos e com êxito perdemos o que nos ligava de certa forma.

E hoje, além de não ter um coração em chamas, perdi você;

Não de vista, pois assim a reencontrei;

Feliz estavas com um fruto semeado em mãos;

Frutificado em minha ausência, fortificado pelo presente.

E ao encontrar-te, pensei apenas em beijar-lhe,

os empecilhos tornaram-se poucos, eras combustível e eu, fogo.

Quis apenas queimar novamente, sentires invadir minha pele, porém,

o tempo não para e as fogueiras, se apagam.

Ainda assim sorristes, feliz prosseguiu com a minha presença e assim

continuará com a minha ausência, pois o tempo a presenteou

com o ardor ao qual eu poderia nomear, saudade;

Tempestuosa e devastadora, ardente e duradoura, majestosa

tão quão sua presença que não plantei quando pude,

ao qual hoje, frutifica e acende outros corações.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 14/11/2013
Reeditado em 14/11/2013
Código do texto: T4570609
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