O CASTELO
O Castelo
Certa vez num amontoado de mentiras
ficou bem deliberado que elas
iriam construir um castelo
muito bem consolidado.
Sempre que uma daquelas
ia se juntando a outras,
várias torres se formavam
e nem de longe lembravam
edificações sombrias e rotas.
Mais e mais apareciam
as que queriam ajudar.
Mentiras de todos os lados
e tipos, ali se aglutinavam,
umas até bastante enfeitadas
procurando bem confiantes
o sucesso da empreitada.
Muito mesmo, sim, senhor!
o castelo se desenvolvia.
Porque depois de colocada
a mentira, voltar ela não podia .
Teria que outra chegar para
a que já fora contada, acobertar.
Era uma difícil questão.
O castelo não podia parar não.
Eis então que de bem longe,
vem chegando uma figura
muito firme no andar e
correta no trajar.
Resoluta e plena de majestade !
Já sabia que ali
no meio de tantas mentiras
impossível ia ser
deixar alguma saudade.
Logo que ela chegou,
o castelo oscilou e
bem depressa desabou.
Tudo isso é porque
As mentiras sobrepostas,
umas resultando em outras
às vezes, cheias de maldade
não conseguem resistir
quando chega a VERDADE.
Foi aí que me lembrei de
um menino, o Pinóquio,
que tinha por pai o Gepeto.
Toda vez que mentira dizia
o nariz ia ficando
comprido como um espeto.