Denaveios entristecidos
Devaneios entristecidos
A voz que por tantas vezes disse "eu te amo" calou... Perdida em meio a distância e a solidão... Ela que jurava fazer da vida uma eterna infância junto a você... Mas desse sonho feliz, ela acordou... O gesto de carinho que afagava os cabelos cessou... Cansou de repetir o ato na esperança de não esquecê-lo... A mão hoje pende sem intenção e sem toque... E é vazia como vazia é uma alma sem amor... O beijo que inúmeras vezes foi concedido, não existe mais... A boca sedenta de carinho, sem perceber morde os lábios... E brinca de fingir sentimentos outrora vividos... A boca jaz sem esperança e sem vida... O riso tão franco e presente se extinguiu... Em seu lugar lágrimas tomaram posse... Elas só existem por que são incontroláveis... É a morte do riso e o nascer da dor... Lembranças consomem a alma... Roubam a paz e violentam a calma... Há hoje somente saudade... Recordações de um amar e de momentos únicos que sobraram como devaneios entristecidos...