ViLa Brasilândia.
Ver-se-á, aqui tomei deste porre.
Fiz-me ruína prorrogada.
Cava lançada a própria sorte.
(gota d'água à beira do abismo)
Correstes ali tanto perigo
Becos que encerram gemidos
Disparos que desfazem no tiro
Matando a quem não se socorre.
Pesa-me a ferida no imo
da alma abatida que se condói
do que ficou e hoje se reconstrói
Restou-me apenas como bagagem
um pouco de tais pilantragem
daquelas terras de "eu herói".
Que hoje abrigam como inquilino
A dor do sofrimento físico e moral
que para o bem lutei contra o mal
E dei-me enfim a lançar-me à sorte
No entretempo da obscuridade
Clamei por socorro à divindade:
"resgata-me antes que à morte."