ViLa Brasilândia.

Ver-se-á, aqui tomei deste porre.

Fiz-me ruína prorrogada.

Cava lançada a própria sorte.

(gota d'água à beira do abismo)

Correstes ali tanto perigo

Becos que encerram gemidos

Disparos que desfazem no tiro

Matando a quem não se socorre.

Pesa-me a ferida no imo

da alma abatida que se condói

do que ficou e hoje se reconstrói

Restou-me apenas como bagagem

um pouco de tais pilantragem

daquelas terras de "eu herói".

Que hoje abrigam como inquilino

A dor do sofrimento físico e moral

que para o bem lutei contra o mal

E dei-me enfim a lançar-me à sorte

No entretempo da obscuridade

Clamei por socorro à divindade:

"resgata-me antes que à morte."

Poesia Tofilliana
Enviado por Poesia Tofilliana em 11/11/2013
Reeditado em 13/10/2014
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