Razões de escape

olhando para o céu azul, claro

Límpido e de beleza quase que estonteante

Sinto-me sozinha

Ao mesmo tempo em que estou entre almas boas

O vento toca meus cabelos

E sinto você

A paz de uma alma inquieta, triste

Sorrateira e escapatória

Talvez ou quem sabe,

Eu quisera escapar de mim

Me encasular.

Talvez para viver como lagarta

Ou sempre ser a borboleta intocável e perigosa

Talvez eu desconheça as razões de mim

Sim, eu as desconheço

Pergunto-me e não há resposta cabível

Nem intelecto que suporte tais indagações

Do por que é tão raro os momentos de paz

Pudera minha alma viver em abandono?

Ela se recusa

É sina de todo poeta a solidão?

Talvez tal sina minha alma aceitasse

Mas nunca meu coração.

Angela Dias
Enviado por Angela Dias em 09/11/2013
Código do texto: T4563720
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.