Razões de escape
olhando para o céu azul, claro
Límpido e de beleza quase que estonteante
Sinto-me sozinha
Ao mesmo tempo em que estou entre almas boas
O vento toca meus cabelos
E sinto você
A paz de uma alma inquieta, triste
Sorrateira e escapatória
Talvez ou quem sabe,
Eu quisera escapar de mim
Me encasular.
Talvez para viver como lagarta
Ou sempre ser a borboleta intocável e perigosa
Talvez eu desconheça as razões de mim
Sim, eu as desconheço
Pergunto-me e não há resposta cabível
Nem intelecto que suporte tais indagações
Do por que é tão raro os momentos de paz
Pudera minha alma viver em abandono?
Ela se recusa
É sina de todo poeta a solidão?
Talvez tal sina minha alma aceitasse
Mas nunca meu coração.