POEMA DA MADRUGADA
As fases que fazes,
No alto de meu auto
Apertam o cinto do que sinto...
Num quarto de teu quarto
Fiz um texto do contexto
Com o pretexto de escrever-te
Um pré texto...
Quem casa quer casa
Pois a casa de quem casa
Tem a cara do cara, que casa...
O sábio sabiá sabia que quem
Canta encanta com seu canto
Num canto qualquer,
A qualquer hora...
O bebê mama o seio da mama,
Com o deleite de quem ama
Sua ama de leite...
Se toco num concerto,
Conserto tua alma...
Então nas grades de minha cela,
Selo tua sentença...
Se os aromas de Roma
Inebriam meu peito,
Torno-me ébrio
Da bebida embebida
Do néctar do amor...
Se amo a quem me ama,
Me deito neste leito
E como um rio,
Riu de teus defeitos...
Pois as marcas de quem ama
Marcam para sempre
A beleza mais profana...
No caminho que caminho
Pelas trilhas de tuas trilhas
Encontro os nós que entre nós,
Nos atam a cada ato...
E assim, me aprumo em teu rumo.
Ao tomar o rumo,
Me arrumo...
E com os laços que me enlaçam
Nas amarras de tuas marras
Traços os traços
Desta vida nunca antes tão vida.