DESCULPE-ME CORAÇÃO...
Desculpe-me coração...
Mas é sem querer quando lembro.
De pessoas que os olhos não estão mais vendo.
De relações que não passaram de momentos.
De histórias que já foram carregadas pelo vento.
Desculpe-me coração...
Mas é sem querer quando te obrigo.
A querer entender o que não tem sentido.
A pensar naquele que não é mais amigo.
A chorar por aquele que nunca chorou contigo.
Desculpe-me coração...
Mas é sem querer quando me importo.
Com o calor de alguém que nunca me deu colo.
Com um olhar que nunca me olhou nos olhos.
Com perdas e perdas e então choro.
Desculpe-me coração...
Mas é sem querer quando te deixo confuso.
Pensando mil coisas acerca de tudo.
Querendo resolver questões que são pro futuro.
Quando do nada quero me ausentar deste mundo.
Desculpe-me coração...
Mas é sem querer quando te faço chorar.
E neste pranto te deixo sangrar.
Por causa de um desejo que não quer parar.
Por um amor que se perdeu e não vai voltar.
Desculpe-me coração...
Mas é sem querer quando te deixo sonhando.
Com pessoas que nem estão se importando.
Com começos que já estão se findando.
Com flores quem nem estão brotando.
Desculpe-me coração...
Mas é sem querer quando te faço esquecer.
Que a vida é pra ser vivida e te deixo morrer.
Que já lutei outras vezes e consegui vencer.
Que você faz parte de mim e eu de você.
Desculpe-me coração...
Mas é sem querer que escrevo estes versos.
Deixo tudo às avessas e esqueço o certo.
Inspirada em pessoas que nem estão perto.
Pra dizer que não sou santa, que peco e não nego.
Desculpe-me coração...
Mas agora querendo é que falo com a razão.
Pois, você é muito movido pela emoção.
Agora paro de pedir-lhe desculpas então.
E penso que você quem deveria me pedir perdão.