INSOFISMÁVEL...
Descrever-te por completo seria absurdo.
Nunca abarcaria os sentimentos teus.
Completude que me foge dissonante,
Que apenas poderia nesse instante,
Conceituar o cair de uma gota,
Ao deslizar numa folha mais que frondosa,
Ou o toque em uma rosa, seguido dum adeus.
Vão. Cruel espaço de uma vida,
Que cingi em denotação de crua alma a se perder,
Em meio a marcante ausência de um brilho... Breu.
Quem sabe perpetuasse um mínimo conceito,
Se exprimisse similar desejo, sabor de um beijo,
Que trouxesse o frescor da noite em mata nativa,
Daquele que desperta as lembranças sem alternativa,
Do olhar que um dia se perdeu... No meu.
Não ouso ou não posso, posto que seja frágil,
Transformar o significativo em fácil,
Rabiscar um quadro. Gesto tão grosseiro e tátil,
Contra algo tão sutil, forte, raro e mágico,
Que desse espaço vivido... Sonhado...
... Seria desperdício.