RECADO A UM POETA
A terra dá um nó em seu ventre que gerou a cria humana, mas como toda mãe ainda espera algum milagre... o lixo é a nossa herança e legado. E pensar em filhos mortos e séculos em cima, é como perder o chão e já pressentir o caos... meus ossos morando sob a terra... matéria em viagem... esta solidão será muito maior do que a dos corpos quentes que nas suas camas requentam velhas artimanhas de enganar a tristeza. Uma flor vista assim de repente pode me dar a salvação eterna de um momento. Beber o azul do céu, palavras morrem diante da grandiosidade do que está vivo e não carece ser explicado. Olha só, você consegue me inspirar... tenho escrito tão pouco, tão pouco... vim aqui pra te dizer que sempre tenho algo de muito bom pra te desejar e agora o digo assim, já que é praxe a gente desejar que quando o calendário marcar o primeiro dia tudo recomece e seja melhor...
feliz ano novo!