VAGUEANDO...

O dia não começa enquanto a noite não termina

A jornada é longa quando não se sabe pra onde vai

Vinte e quatro horas de buscas, ínfima

Desprezo, silêncio, âncora no cais

Andando perdido na sombra da noite

O dia distante parece não existir

Passos lentos, revelam o açoite

Vivendo a vida, aprendendo a fingir

Como estaca fincada, solitária no chão

O peso nos ombros não dá pra suportar

Na poça encontrada, um mata borrão

Sentado, com frio, se põe a chorar...