A chuva continua caindo,
as flores desabrochando,
as crianças sendo geradas,
como se nada tivesse morrido.
O sol nem se cobriu de negro,
pois todos já sabiam que nosso
caso de amor tinha se extinguido.
Não era caso, tampouco amor,
foi um fulgor, prisma na janela,
aventura de conquista de galã.
Algo sem importancia pra ele,
que continua o caminho igual
ao dia que o imaginei meu...
Deveria mesmo era ter virado 
estátua de sal, de pedra, fél...
Ao olhar nos olhos dele e saber
que já a muitas outras pertencia.
Do vazio que me restou, vou 
alinhavando palavras frias com
as unhas que sabiam todos
os caminhos do corpo dele.
E que hoje estão sem vermelho.
E a chuva continua caindo...
Indiferente.


Railda
Enviado por Railda em 25/10/2013
Reeditado em 25/01/2016
Código do texto: T4542043
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