2 MÃOS

Seguro o teu rosto nas minhas mãos e num afago meigo, beijo-te os lábios, mordisco-te a língua e numa infusão de letras mergulho-te na queda das frases em desuso, que já não uso, não trago num bolso, nem lavro na terra (...)

Cultivo nas terras do coração a minha semente de amor, rego-a com a pureza e suavidade das minhas forças, acaricio as tuas pétalas com palavras, beijo-te com toda essência da minha alma, mergulho a fundo da tua raiz, para fortalecer o teu cariz (...)

Aconchego o teu corpo ao meu e sinto o vibrante choque que se deu, energia positiva do que é nosso, um toque suave a bailar rebolando encostando e desapegando com o fito de agarrar, mas terás muito que tremer...

Ondas de energias carregam os electrões dentro do núcleo, fazendo movimentar as átomos que interagem no mesmo campo, e em cada tempo, acelerasse os batimentos e o coração pulsa sem temer os choques, deixando-se dominar pelo toque, atraídas estão as forças, que num só link fazem surgir emoções em mil maravilhas e deixam-se reluzir com o prazer dessa combinação (...)

Dou as mãos entrelaçadas em combustão, tal puro oxigénio a arder no ar do entardecer, tombando de seguida para a cama esquecida, amarelecida no espaço tal vulgar divã amassado de tanto servido e sentado (...)

Soltando-se nessa mistura química 2 elementos, fora da tabela, apenas seguindo as regras da ilusão e do querer, deixam-se soltos, para uma nova formula, apenas o momento dita os procedimentos, em fases, faz o momento, sem dose certa para o balancear das equações (...)

destapo-te o ser a ferver, impulsionado pelo som do que deseja e quer, hesitante te rejeita, agarra e esventra, altivo e pungente num raio de expulsão efervescente que vibra, geme e sente sem acção no anfiteatro calmo e sossegado (...)

Luzes gerando sensações, vozes e gritos, euforia total público escaldante, hora da melodia secreta, dueto imparável, gerando fortes vibrações entre as massas, corpos suados, é proibido proibir a satisfação, campo de fama, momento de realização, fogo intenso, deliro do último verso, sais expelindo emoções, momento marcante, um dueto de inspirações (...)

Danço-te nas tempestades desérticas de areias revoltas nas arábias, dos contos passados por longas e delicadas, fantásticas reviravoltas que tapas e destapas num fingimento sôfrego de expôr a nu (...)

Perco-me nas dunas do tempo, procurando a fonte que me possa dar de beber, ansioso, julgo-me a morrer, mas na satisfação, teus lábios enchem-me de prazer, a energia se estabelece, pois começo a viver, renascendo das terras quentes, com um ar de primavera no corpo, sigo a sul, entre os teus ventos e sopros (...)

Acalmo-te na voz rouca do trovão a relampejar, raio que arde em combustão simultânea e instantânea no eco de um tambor a tocar na marcha própria da orquestra sinfónica de uma paróquia, os cânticos divinos da emoção a ribombar no íntimo de cada um em uníssono clamar o êxtase de bem saber (a)mar!

aM&Mc

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko e A&C
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 24/10/2013
Reeditado em 24/10/2013
Código do texto: T4540491
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