- Ardemos –

- Ardemos –

Inspira e expira o plasma do fogo

do amanhecer em pele nua de mim.

A tua boca na minha boca

expira o desejo do fundo das cinzas

da paixão tatuadas no peito roto do coração.

Lanço a flecha invisível do delírio,

os claustros dos raios solarengos que

ofuscam em mim a sombra,

os devaneios e os vícios.

Come-me,

Bebe-me o livro que abro em minha alma

que prossegue a mesma inquietude.

A loucura é o jardim que floresce

em aguarela de cores ,

é a viagem do poema ao êxodo.

Silêncios de gemidos ardem em chama

os corpos celestes de nós.

Tece todo o prazer em meu Corpo-Mar,

Tece em fios de água-fogo onde

Perdidamente mergulhamos a ânsia.

Ardemos para sempre, para nunca.

Sou a sonhadora poetisa que não dorme

no tempo.

Gila Moreira

Gila Moreira
Enviado por Gila Moreira em 23/10/2013
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