Fragilidade

Fragilidade

Pela calçada do Sol o vento arde

no caminho dos meus olhos frágeis de ti.

Dias, noites, tardes e entardeceres

São solitários de mim.

Recolho –me em busca

da água,

do ar,

do fogo e de nada.

Fragilidade que dita e apaga

a sombra do vazio.

Sou o silêncio em terra deserta de mim.

Ventos do Oeste movem-se

em campos de trigo seco,

reflexos do Sol em teu Céu.

Teus beijos frágeis elevam o meu corpo

sobre promessas passageiras.

Teus braços carregam a fragilidade do

meu Amor.

Teus olhos projectam a fragilidade do

coração.

Tuas mãos suavizam com fragilidade a dor

da saudade.

Tua voz serena apazigua a fragilidade de ter-te.

Chuva de lágrimas salgadas presenteadas

pela alma escorrem sobre o rosto feliz dos Amantes frágeis.

Gila Moreira

Gila Moreira
Enviado por Gila Moreira em 23/10/2013
Código do texto: T4538580
Classificação de conteúdo: seguro