LABIRINTO DE LETRAS
Juliana Valis
Gosto de escrever como quem se perde
Entre as palavras inversas de aversão,
Como labirintos de sentimentos desconexos
E tão ilógicos quanto a própria lógica de ser humano...
Gosto de escrever como quem desenha na alma,
Até que as palavras se rendam ao sonho, assim,
Como versos incautos que me transcendem,
E como réquiens de uma tempestade do que não fui,
Enquanto ouvia a música das abstrações complexas
E tão perplexas quanto a esfinge dos sentimentos,
Talvez, por isso, eu escreva entre tudo e nada...
Ah, seria tão apetecível simplesmente não ser,
Neste mundo, onde as máscaras da civilização se diluem
Como rótulos capitalistas na fria decomposição dos sonhos,
No descalabro monumental da supervalorização da matéria
Em detrimento da essência humana, que não se compra...
Parcas palavras de desabafo, loucura, revolta ?
Não sei nem onde começa o sentido final de tudo...
Só sei que importa amar a humanidade e, quiçá,
Livrá-la dos castelos movediços de sua decadência.
Desculpe-me !
Apenas gosto de escrever como quem se perde
Nas palavras inversas que a alma declama,
Como súplica maior que se imiscui na vida,
Sem pedir licença aos sentimentos díspares,
Eternos labirintos de quem nós somos.
Juliana Valis
Gosto de escrever como quem se perde
Entre as palavras inversas de aversão,
Como labirintos de sentimentos desconexos
E tão ilógicos quanto a própria lógica de ser humano...
Gosto de escrever como quem desenha na alma,
Até que as palavras se rendam ao sonho, assim,
Como versos incautos que me transcendem,
E como réquiens de uma tempestade do que não fui,
Enquanto ouvia a música das abstrações complexas
E tão perplexas quanto a esfinge dos sentimentos,
Talvez, por isso, eu escreva entre tudo e nada...
Ah, seria tão apetecível simplesmente não ser,
Neste mundo, onde as máscaras da civilização se diluem
Como rótulos capitalistas na fria decomposição dos sonhos,
No descalabro monumental da supervalorização da matéria
Em detrimento da essência humana, que não se compra...
Parcas palavras de desabafo, loucura, revolta ?
Não sei nem onde começa o sentido final de tudo...
Só sei que importa amar a humanidade e, quiçá,
Livrá-la dos castelos movediços de sua decadência.
Desculpe-me !
Apenas gosto de escrever como quem se perde
Nas palavras inversas que a alma declama,
Como súplica maior que se imiscui na vida,
Sem pedir licença aos sentimentos díspares,
Eternos labirintos de quem nós somos.