A Vinicius de Moraes
Hoje, o Soneto de Fidelidade acordou-me. Pensei em Vinicius e no seu centenário de nascimento.
Senti saudades de um dos meus poetas prediletos. Mergulhei em alguns de seus versos e pensei em compor os meus, para ele.
Apenas um gesto de delicadeza para quem soube, desde a minha adolescência, inspirar o gosto pela leitura e escrita.
Olho para os livros do poetinha, que guardo em lugar especial na minha biblioteca e é impossível não me render à emoção que aflora.
A monografia do meu curso de Especialização em Estudos Linguísticos e Literários teve como título “Vinicius de Moraes: sob o signo da paixão e da poesia”. E foi sob o signo da paixão e da poesia que me vi completamente envolvida pelos versos de Vinicius.
Os textos de Vinicius tem, para mim, o verdadeiro gosto da paixão, feito a fruta madura cujo sumo escorre doce, suave, pela boca. Vinicius é isso. Uma intensidade refletida em versos. Uma paixão derramada em forma de poema. Uma suavidade tecida em prosa.
E ele viveu aqui, em terras baianas. Encantou-se por Itapoan e nela passou um bom tempo, vivendo a paixão, saboreando o tempo bom da Bahia.
Se fechar meus olhos poderei ver o poeta andando pelas areias de Itapoan. De certa forma, ele ainda está ali, mesmo que seja em forma de estátua – uma merecida homenagem. Drummond tem sua estátua na praia de Ipanema, no Rio. Vinicius tem a sua, na praia de Itapoan, em Salvador.
E hoje é um dia especial.
Parabéns, meu amado poeta.