O VIAJANTE

O viajante está sempre a cursar,

Saindo e entrando das cidades...

Ele nunca tem tempo pra parar

E todo caminho que ele adota,

Sempre o levará a algum lugar...

A única vida que ele contempla,

É viajar, mas sempre poderá voltar...

Quando o momento lhe parecer

Ser apenas uma corrida contra o tempo,

Inda haverá mais um calvário

Pra esquerda ou pra direita,

Pra subir ou pra descer...

Os inúmeros dias são algarismos

Testemunhando seu único destino,

Até não poder vê-los mais...

Mas algum dia ele saberá onde está,

Então notará que os dias são dígitos...

Calculando as fatalidades da vida

Trafegará, só não o competirá ir além,

E num dia qualquer, ele saberá onde está...

Ele sente a expectativa na maré da manhã,

Mesmo sem saber o que existirá

Do outro lado do horizonte...

Há algo em seu íntimo

Que o orienta dizendo para seguir,

Pois ele jamais encontrou em si

Uma singular razão, para dizer não...

O viajante suporta a origem,

Amparado pela realidade do caminho...

Só não consegue atingir o alvo

No ponto de vista do mundo,

Mas mesmo assim

Segue sem saber o que vai encontrar...

O viajante não pode cerrar passagem

Nem sequer ficar para trás,

Os dias são caracteres

Assessorados pelas estrelas...

Algum dia

Ele mesmo saberá onde está,

Agora não...

Um viajante nunca pode parar!

Autor: Valter Pio dos Santos

Out-2013

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 17/10/2013
Reeditado em 22/10/2013
Código do texto: T4529831
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