EU NÃO DEIXEI DE SER CRIANÇA
Eu não deixei de ser criança
Meu corpo envelheceu. O peso dos anos me marcou, cresci. Mas não envelheci a alma.
Sou uma criança, se não me aceita assim, problema seu.
Sou criança no modo de falar, gosto da simplicidade e da clareza no tom.
Sou criança no modo de amar, ilimitadamente, verdadeiramente.
Sou criança para perdoar, não guardo rancores ou mágoas que só me farão infeliz.
Sou criança na forma de levar a vida, leve, brinco o tempo todo.
Sou criança no modo de ver as coisas, tudo no mundo me fascina.
Sou criança quando brinco com meu cachorro, quando faço cócegas em meu esposo, quando perco a vergonha e saio cantando e rindo no meio da avenida em dias de chuva.
Não tenho medo disso. Não tenho medo de deixar minha criança interior ser livre!
Sou feliz por ser assim. Ter riso fácil, conseguir admirar o belo, mesmo em dias de tempestade se alegrar por saber que o sol vai voltar.
Quero ser criança por toda a vida. E quando meu corpo terreno vier a perecer, minha alma moleca continuará bailando entre parques e jardins, brincando ao lado do Menino que nos ensinou que para alcançarmos o céu “necessário é ser como uma criança”.