Minha Surrealidade
Tudo bem
Não me importo de ficar aqui
Quieto no meu canto
A quietude em que me encontro agora
Não é tristeza
Não é tormento
É uma necessária solidão
Onde os meus fantasmas vem conversar comigo
E eu vejo que não são tão maus
Apenas tem um humor negro
Por aqui, nesta melancolia.
Passam muitas coisas
coisas boas
coisas ruins
coisas necessárias
Para a explicação do q não tem explicação
Ei... Olha soh aquele lago
Plácido, profundo, límpido
Um dia chego lá
Talvez um dia seja como ele
E farei parte do horizonte...
Sinto em teu sorriso uma sentença
Não me condene
Não creia que sou um alucinado
Posso até ser
Mas acho mesmo que não concordo
Com sua versão de sanidade
Mas a escuto com consideração...
Sente só o sol
Não eh mesmo bárbaro?
Ele te aquece, irradia teu sorriso...
Mas tudo bem
Vai lá... Eu vou continuar aqui
Olhando o lago
Sentido o sol
Brigando com a doce brisa
Que insiste em consumir o meu tabaco
Pensando sobre em não pensar na vida
Amarrando minhas métricas tortas
E dedilhando em minha alma
A doce melodia das águas...