PRETA
Lava a cara ao meio dia, por que amanhece em carpeta
levanta de pé trocado, dando coice na veneta
come feijão mexido com café preto bem quente
quando solta um sorriso alegra a alma da gente
miserável ela não é, ao cevar um mate amargo
leva na ponta do pé, quando pede um afago
toma mate com pé-sujo, descalça no chão batido
pega as cria na iarga , e fala de um tal dito cujo
essa é a preta de São Luiz que maniei no pensamento
tá na mala de garupa longe dos quatro vento