Pés no chão, olhos nas estrelas
Sempre quis mais que a luz das estrelas brilhando. Busquei em seu brilho um labirinto de saudades. Em cada curva uma recordação, em cada saída uma esperança.
A chegada final nunca foi perto o bastante para que eu a findasse. E fiquei parado diante de mil possibilidades de uma busca. Em cada estrela uma nova viagem que não levava a muito. Apenas me tirava do chão de possibilidades tão incertas quanto o fim da vida.
Da vida, encerrado em seus limites, sei apenas que há males e benesses. Gente de todo naipe jogando contra adversidades que tiram do nosso paladar um enumerado de gostos.
Nessa roda viva de acertos e erros da vida, optamos pelo que queremos.
E de nossas escolhas, colhemos consequências do mundo real. Um mundo que quem está nas estrelas não pode sonhar.