O que?
Olha para frente. Apenas observa, o dia parece tranquilo.
Pessoas passam apressadas pela rua, o que pensam, para onde vão?
Olha para o relógio, dez horas. Ainda há tempo. Para que?
Nada, pensa consigo mesmo. Aliás, ainda há tempo.
Há uma fonte. Logo a frente. Engraçado! Sempre está ali. Sempre olha.
Como nunca lhe chamara atenção? Talvez. Não sabe. Não se importe. Ou quem sabe. se importe.
Tanto que não quer correr o risco de errar. Então nem palpita.
Olá senhor, pode me trazer um café? Pede.
Talvez o sol. Sim o sol, talvez.
Seus raios se chocam aos cristais, líquidos. Transmuta-se em cor.
E dai? Alias, dificilmente o vê junto a ela. Sempre que está ali. Sorve.
Passa a refletir. Não chega nada.
Doze horas. Tem de ir, continua intrigado. Curioso?
O que importa? Não há mais tempo!
Mas para que? Quem sabe.
Tudo está claro agora.
Como o liquido que sorvera.