SERPENTE MALDITA



Desvaneio empobrecido do coração que aqui jaz entardecido, apaixonado e sofrido. Busquei no aconchego do beijo me encontrar. Encontrei um jeito melancólico de amar. 

Encontrei nos olhos azuis a faca que crava, que zomba de risos, que cala e dissaba. 

Encontrei no beijo da cobra o mel da serpente,
que de sabor me enche.
E ela nao entende o por que eu abuso do perigo dos seus dentes.

Eu devo estar louca ah sim.. me desajuizei.
Agora só cabe ao seu abraço me proteger.
Pois o sabor dos teus beijos serpente maldita á floresta escura eu já espalhei. Os rastros que caçam astutos me seguirão, e eu se insatisfeita com o tua paixão, te entregarei á morte, e em seguida irei contigo em tua direção. 

Te arrependerás então da maldita noite em que desvaneou e entardeceu-me o pobre e amargo coração.
Valéria C Ribella
Enviado por Valéria C Ribella em 09/10/2013
Reeditado em 09/10/2013
Código do texto: T4517508
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