Seus Olhos
Seus olhos, e como os odeio!
Nada sutis a me olharem, e me culpam!
E me culpam! O que está feito, está feio, não tem jeito de mudar.
Está feito.
Seus olhos, e como me assustam!
Desvio o olhar sempre que os vejo,
Versão moderna da medusa,
A cabeça em chamas,
Mas são as órbitas negras que me queimam.
Acho que sou uma estátua de sal
Entre Sodoma e Gomorra.
Um misto de coragem e desculpa.
O que sinto é uma luta
Incessante de mim comigo mesmo.
Seus olhos, ainda os procuro...