AMOR, BENDITO AMOR!

(escrito por Janil Lopes Corrêa - jlc - jan)

Antes de conhecer-te eu não tinha rumo

Navegava à matroca,

Uma vida sem destino, perdido, sem norte,

Conduzida, pelo acaso, de porto em porto,

Atracando-os apenas para cumprir

As exigências de um corpo em chamas

A fogueado pelo desejo da posse

Sem limites, nem obrigações,

Apenas para a satisfação do ego,

Tantas vezes possui, sem possuir,

Muitas vezes fui amado sem amar.

Com a desculpa da premência do tempo,

Quantas vezes apenas iludi, fingi ouvir.

Só comecei a viver quando te vi.

Acordado que fui pelo sofrimento,

Quando, nesse momento, eu percebi,

Que o amor dói mais que a vil doença,

Machuca e queima mais que o ferro em brasa,

Mas, quantas vezes, encontrei uma recompensa,

Nas impressões de sentir, o teu cheiro em minhas narinas,

E o prazer do calor do teu corpo, em chamas,

Ou na esperança da volúpia de penetrar-te com paixão,

Sem saber que, neste momento, tudo é apenas ilusão,

A vida me castiga, através de ti,

Devolve-me tudo o que jamais senti,

Quando, apenas, fingia doar-me, com satisfação.

Agora sinto que, definitivamente,

Estou perdido no meio deste furacão,

E que meu barco afundará, irremediavelmente!

Já sinto que não tenho mais salvação,

Procurarei quem me salve novamente...

jlc
Enviado por jlc em 05/10/2013
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