AMOR, BENDITO AMOR!
(escrito por Janil Lopes Corrêa - jlc - jan)
Antes de conhecer-te eu não tinha rumo
Navegava à matroca,
Uma vida sem destino, perdido, sem norte,
Conduzida, pelo acaso, de porto em porto,
Atracando-os apenas para cumprir
As exigências de um corpo em chamas
A fogueado pelo desejo da posse
Sem limites, nem obrigações,
Apenas para a satisfação do ego,
Tantas vezes possui, sem possuir,
Muitas vezes fui amado sem amar.
Com a desculpa da premência do tempo,
Quantas vezes apenas iludi, fingi ouvir.
Só comecei a viver quando te vi.
Acordado que fui pelo sofrimento,
Quando, nesse momento, eu percebi,
Que o amor dói mais que a vil doença,
Machuca e queima mais que o ferro em brasa,
Mas, quantas vezes, encontrei uma recompensa,
Nas impressões de sentir, o teu cheiro em minhas narinas,
E o prazer do calor do teu corpo, em chamas,
Ou na esperança da volúpia de penetrar-te com paixão,
Sem saber que, neste momento, tudo é apenas ilusão,
A vida me castiga, através de ti,
Devolve-me tudo o que jamais senti,
Quando, apenas, fingia doar-me, com satisfação.
Agora sinto que, definitivamente,
Estou perdido no meio deste furacão,
E que meu barco afundará, irremediavelmente!
Já sinto que não tenho mais salvação,
Procurarei quem me salve novamente...