A LACUNA
Ela escrevia as cartas
umidas do desejo
de ir junto
envelopada.
Quando abrisse
se entregaria
ao amado sem espera.
Nunca voltou.
O endereço estava certo.
Era seu céu sonegado
na ganância dos outros.
Soube do acontecido.
Enquanto havia outros
se divetindo
se enforcou na janela
que tanto apreciava
um dia a vinda
de uma alma vendida
por nada...