Nunca mais!
Tudo que fui, conjugado nos tempos
Tudo que sempre quis, não prefira!
A essência da fonte, sublima
Na dúvida siga por onde não há caminho.
Jamais!Jamais!
Num fio desta fonte de veneno cintila
Melhor que nunca tenha bebido.
Cale teu querer, num cálice maldito
Quem embebe solitário
Há de morrer sorrindo.
Nada mais!Nada mais!
Foi-se a vida! Ficaram-me ossos
Mortalizados, aquebrantados, estáticos
Como esses cálices amargos
Cinzeiros cinéreos da essência contida.
Tudo quanto fores marcado
Pegadas a três palmos da terra
Sobre a morte e o morrer
E verás, eterno aprendiz
Somente pendulando é que pode saber.
Deixe o morto em paz,
De seus dias funestos o faz lembrar
Que a vida ele não quer
Nunca mais!Nunca mais!