Nunca mais!

Tudo que fui, conjugado nos tempos

Tudo que sempre quis, não prefira!

A essência da fonte, sublima

Na dúvida siga por onde não há caminho.

Jamais!Jamais!

Num fio desta fonte de veneno cintila

Melhor que nunca tenha bebido.

Cale teu querer, num cálice maldito

Quem embebe solitário

Há de morrer sorrindo.

Nada mais!Nada mais!

Foi-se a vida! Ficaram-me ossos

Mortalizados, aquebrantados, estáticos

Como esses cálices amargos

Cinzeiros cinéreos da essência contida.

Tudo quanto fores marcado

Pegadas a três palmos da terra

Sobre a morte e o morrer

E verás, eterno aprendiz

Somente pendulando é que pode saber.

Deixe o morto em paz,

De seus dias funestos o faz lembrar

Que a vida ele não quer

Nunca mais!Nunca mais!

Exorcista
Enviado por Exorcista em 02/10/2013
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