Chuva de primavera
É primavera e o sol do verão chega antes da próxima estação.
A temperatura ferve sempre, sem qualquer postergação.
Aqui o calor é a regra de toda e qualquer estação.
Hoje é domingo, esse sim primaveril.
Depois de uma noite bem dormida por, sem saber se era sonho,
Ouvir, um contínuo ploc-ploc de gotas d’água caindo das folhas das mangueiras,
Como se fosse uma benfazeja anunciação,
Acordei, bem cedinho e a porta abrir...
Era a chuva de primavera, que sem cair de vez serenara, para molhar o chão e amenizar a manhã.
Não mais que vinte seis graus, terra molhada e o vicejo das folhas das plantas aos meus olhos presentear.
Ainda o contínuo ploc-ploc, agora realidade da vigília,
Chuva de primavera nas folhas das árvores.
Chuva de primavera, que aqui, não chove, goteja sem saber se quer chover e molhar,
Mas que refresca sempre esta bela estação.
Hoje é domingo, plenitude temporal, acordei bem cedinho,
Ninguém havia acordado ainda.
Nenhum ruído, somente continuava o ploc-ploc das gotas de chuva.
No mais, tudo silêncio, tudo paz...
Com o troc-troc do líquido e o glup-glup dos sólidos do alimento matinal, acompanhados pelo tum-tum do meu coração, misturando-se com o ploc-ploc das gotas que caíam, sozinha saboreei devagarzinho o meu café e disse bom dia ao dia.