18 de maio de 1985 , Manicômio Judiciário do Estado da Bahia
A melancia é alegre no prato de metal. O dia, o vento frio, o hospital doente.
Leva meu coração aonde houver conflito, aonde faltar o encontro, a palavra silenciosa e aquele sorriso que acalenta o sonho mais frágil e mais bonito. Para que a vida seja esta confiança na luz que nem sempre é visível, esta entrega ao que não murchou de velhice e é desconhecido e novo, totalmente em unidade com todos os efeitos e com todas as causas.
Os talheres, depois de lavados, brilham.
O trabalho acontece sem esforço e, quando é feito com amor, é fácil, muito fácil; apesar do cansaço e dos distúrbios que se esgotam na superfície.