PROELIUM CANIS...

Os dois cães selvagens que alimento,

São meus sentimentos,

Quando em noites... Luas frias,

Uiva o bem em lembrar-se de ti.

Mas por outras fantasias,

Em noites que tua falta me angustia,

Devora o mal meu coração.

Jaz tranquila criatura,

Veste a pele da amargura,

Rasga-me com suas presas... Solidão.

E assim eu me divido,

Da vida e da morte já duvido,

Existindo em algum limbo,

Nessa matilha que me arrasta,

Entre o cuidado e o que maltrata,

Antes preso, agora em ser caça,

Do diminuto amor em conceito,

De ardente paixão à Ilusão, desfeito,

Que antes apenas o bem no peito,

Que hoje abriga esses selvagens cães.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 27/09/2013
Código do texto: T4501045
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.