PROELIUM CANIS...
Os dois cães selvagens que alimento,
São meus sentimentos,
Quando em noites... Luas frias,
Uiva o bem em lembrar-se de ti.
Mas por outras fantasias,
Em noites que tua falta me angustia,
Devora o mal meu coração.
Jaz tranquila criatura,
Veste a pele da amargura,
Rasga-me com suas presas... Solidão.
E assim eu me divido,
Da vida e da morte já duvido,
Existindo em algum limbo,
Nessa matilha que me arrasta,
Entre o cuidado e o que maltrata,
Antes preso, agora em ser caça,
Do diminuto amor em conceito,
De ardente paixão à Ilusão, desfeito,
Que antes apenas o bem no peito,
Que hoje abriga esses selvagens cães.