A Serra dos Mil Poetas
Em horas de descanso tirei pedras do caminho
E nada mais tinha a reclamar o José
Na Serra do Rola Moça, chão liso inteirinho
Corria a Moça, o Jose e até mesmo os pangarés
De volta para onde tinha palmeiras e sabiás
Quem sabe voltariam para Pasárgada, sei lá
Cantavam a pleno peitos: Vou voltar
Sei que ainda vou voltar, para o meu lugar
Voltavam tão rápidos, que faziam o cavalo arfar
Afinal conheciam todas as pedras do caminho
E nem estavam tão sozinhos
Um com os olhos no outro imersos
Tomaram para a volta todos os versos
Deixaram os poetas sem obras, sem primas
E o casal, a todos os poetas, , deixara-se declinar
Voaram pelo espaço a Moça, José e até a crina
E a Serra que se chamava do Rola Moça
Hoje não tem mais nada com o que rimar
Mentiremos que é só meu e seu o amor
Embora todos saibam,que o poeta é um fingidor