A Serra dos Mil Poetas

Em horas de descanso tirei pedras do caminho

E nada mais tinha a reclamar o José

Na Serra do Rola Moça, chão liso inteirinho

Corria a Moça, o Jose e até mesmo os pangarés

De volta para onde tinha palmeiras e sabiás

Quem sabe voltariam para Pasárgada, sei lá

Cantavam a pleno peitos: Vou voltar

Sei que ainda vou voltar, para o meu lugar

Voltavam tão rápidos, que faziam o cavalo arfar

Afinal conheciam todas as pedras do caminho

E nem estavam tão sozinhos

Um com os olhos no outro imersos

Tomaram para a volta todos os versos

Deixaram os poetas sem obras, sem primas

E o casal, a todos os poetas, , deixara-se declinar

Voaram pelo espaço a Moça, José e até a crina

E a Serra que se chamava do Rola Moça

Hoje não tem mais nada com o que rimar

Mentiremos que é só meu e seu o amor

Embora todos saibam,que o poeta é um fingidor

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 27/09/2013
Reeditado em 29/09/2013
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