Vinte e um, primavera!

Em plena sete da noite, a lua se findando.

O suor das estrelas faz germinar a primavera

Um dia vinte e um de mil noites uivantes

De lanças cravadas e emoções flamejantes

E a triste moça na janela sente em sua pele algo que caiu do céu

Arrepia-se tão profundamente a ponto de ter uma vertigem

Uma coisa sem nomes explicáveis daquela sensação

Então a alma compadece-se de remorso

E o dorso torce tão quanto a torcida das flores

A chuva de verão da estação seguinte virá

E consigo aquele mesmo medo e excitação

Pena que em plena noite sete horas de um vinte e um primavera

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Angela Dias
Enviado por Angela Dias em 26/09/2013
Reeditado em 26/09/2013
Código do texto: T4499698
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