Vinte e um, primavera!
Em plena sete da noite, a lua se findando.
O suor das estrelas faz germinar a primavera
Um dia vinte e um de mil noites uivantes
De lanças cravadas e emoções flamejantes
E a triste moça na janela sente em sua pele algo que caiu do céu
Arrepia-se tão profundamente a ponto de ter uma vertigem
Uma coisa sem nomes explicáveis daquela sensação
Então a alma compadece-se de remorso
E o dorso torce tão quanto a torcida das flores
A chuva de verão da estação seguinte virá
E consigo aquele mesmo medo e excitação
Pena que em plena noite sete horas de um vinte e um primavera
Você não esteja aqui