Não se importe muito comigo, não se importe,
as palavras que lhe digo, é tudo verdade.
E é assim tão fácil não me levar a sério. Sério!
Eu sou o improvável de um impropério,
um mistério insondável, o imponderável,
mas não cultivo belos jardins em cemitério.
Coleciono pedras, isso sim. E palavras.
Mas nunca atiro aquelas
sem antes ter atirado estas.
Mas tanto uma quanto outra, fere igual.
Eu coleciono sonhos. E invento realidades.
E no fim é tudo igual, a vida e o sonho,
e tudo o que invento para disfarçar que há
uma realidade tão tosca que até pode ser real.
Não se incomode muito comigo, não estranhe.
Eu trago toda essa infância desde muito cedo,
eu carrego tudo de antes até o tudo de agora.
Porque não sei jogar fora as coisas, não aprendi.
E tenho aqui comigo o que sou e o que fui,
tudo o que é e há, eu sempre guardo.
Não perca muito o seu tempo comigo,
que eu não sou deste tempo nem deste lugar.
Talvez dali de bem mais para lá do horizonte,
desde sabe-se lá quando. Talvez eternamente nunca.
Dizem que brotei da terra, ou que vim do mar,
há os que dizem que provavelmente caí do céu,
mas não sei, acho que fui trazido por uns ventos.
(Em bem que avisei que invento histórias...).
Não tente me entender, que não sei pensar
e nunca penso sem antes olhar como eu olho.
E quando olho não vejo nem penso; e eu não minto,
parece que sinto; e tudo o que sinto é só o que sinto.
E só isso que sinto é essa estranha sensação de pertencimento.
E, além disso, o reconhecimento de que a vida, dentre todos,
é o maior e o melhor e o mais inacreditável acontecimento
as palavras que lhe digo, é tudo verdade.
E é assim tão fácil não me levar a sério. Sério!
Eu sou o improvável de um impropério,
um mistério insondável, o imponderável,
mas não cultivo belos jardins em cemitério.
Coleciono pedras, isso sim. E palavras.
Mas nunca atiro aquelas
sem antes ter atirado estas.
Mas tanto uma quanto outra, fere igual.
Eu coleciono sonhos. E invento realidades.
E no fim é tudo igual, a vida e o sonho,
e tudo o que invento para disfarçar que há
uma realidade tão tosca que até pode ser real.
Não se incomode muito comigo, não estranhe.
Eu trago toda essa infância desde muito cedo,
eu carrego tudo de antes até o tudo de agora.
Porque não sei jogar fora as coisas, não aprendi.
E tenho aqui comigo o que sou e o que fui,
tudo o que é e há, eu sempre guardo.
Não perca muito o seu tempo comigo,
que eu não sou deste tempo nem deste lugar.
Talvez dali de bem mais para lá do horizonte,
desde sabe-se lá quando. Talvez eternamente nunca.
Dizem que brotei da terra, ou que vim do mar,
há os que dizem que provavelmente caí do céu,
mas não sei, acho que fui trazido por uns ventos.
(Em bem que avisei que invento histórias...).
Não tente me entender, que não sei pensar
e nunca penso sem antes olhar como eu olho.
E quando olho não vejo nem penso; e eu não minto,
parece que sinto; e tudo o que sinto é só o que sinto.
E só isso que sinto é essa estranha sensação de pertencimento.
E, além disso, o reconhecimento de que a vida, dentre todos,
é o maior e o melhor e o mais inacreditável acontecimento