Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...
Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...
A verdade é que eu acredito em certas coisas da vida, que já não acreditam mais.
Sou do tipo que gosta de ser conquistada, do tipo que acredita que o homem é que tem que lutar para conquistar o seu amor. A mulher dá a dica, deixa claro, com um sorriso, uma mensagem, um recado, o homem “caça”.
Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...
A verdade é que sonho em casar de véu e grinalda. Sonho com um moço que me peça em noivado para meus pais num almoço de domingo, que me peça em casamento, acompanhado de um par de alianças douradas.
Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...
Mas preciso ser amada.
Quero olho no olho, mão no rosto, um suspiro apaixonado. Quero ganhar chocolates, receber uma surpresa, uma carta, ser cuidada.
Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...
Quero alguém para andar de mãos dadas na calçada. Ir ao shopping, tomar sorvete, fazer uma pedalada. Comer junto um saco de pipocas, assistir a um filme, fazer uma janta, telefonar, desabafar, ir ao supermercado, arrumar a casa.
Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...
Mas quero um casamento que dure o resto da minha vida. Com direito a filhos, netos e bisnetos. Com direito a brigas e gargalhadas.
Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...