Há uma tarde que me mora, onde cresce mato e girassóis. Não é de por de sol, nem de fragrâncias, apenas uma tarde de cata-ventos girando infância...
Como aquela com voz de mãe anunciando pão quentinho.
Uma tarde debruçada, enebriada dum quase vinho.
Nada teria demais essa tarde que me mora, não trouxesse setembros; viajado de longe, com abraço de rede; regando trilhas dos anos que me cresceram distraídos.
Soubesse, teria ido...
Soubesse, moraria com a tarde que me mora, só pra vê-la amanhecer.
Pentearia seus cabelos, beijaria suas mãos...
Mãos de tardes que não partem.
Tardes de mãos que me moram, que em todo adeus que não pude,
com acenos, me ardem.
Como aquela com voz de mãe anunciando pão quentinho.
Uma tarde debruçada, enebriada dum quase vinho.
Nada teria demais essa tarde que me mora, não trouxesse setembros; viajado de longe, com abraço de rede; regando trilhas dos anos que me cresceram distraídos.
Soubesse, teria ido...
Soubesse, moraria com a tarde que me mora, só pra vê-la amanhecer.
Pentearia seus cabelos, beijaria suas mãos...
Mãos de tardes que não partem.
Tardes de mãos que me moram, que em todo adeus que não pude,
com acenos, me ardem.