LUSCO-FUSCO II

Uma mistura...

De saudade e ausência.

A boca ainda não tocada,

Balbucia a poesia

Ao sol que adormece...

O olho atirando-se ao horizonte...

Já não define a tarde, nem o amanhã.

A noite tem o poder,

E rompe todo o tesão contido...

O covarde silenciar da voz

O verso intelectual

Num frenético jogo com a poesia simples...

E um elo cósmico,

Aproxima as mãos separadas

Por não tanto mar..

Chega a sufocar o beijo preso.

Ou estará livre?

Numa transcendental viagem de fantasia,

Ou seria o ficar,

Do distante que aos poucos se faz perto...

Se faz vivo,

Se faz nós.

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 20/09/2013
Código do texto: T4490458
Classificação de conteúdo: seguro