LUSCO-FUSCO II
Uma mistura...
De saudade e ausência.
A boca ainda não tocada,
Balbucia a poesia
Ao sol que adormece...
O olho atirando-se ao horizonte...
Já não define a tarde, nem o amanhã.
A noite tem o poder,
E rompe todo o tesão contido...
O covarde silenciar da voz
O verso intelectual
Num frenético jogo com a poesia simples...
E um elo cósmico,
Aproxima as mãos separadas
Por não tanto mar..
Chega a sufocar o beijo preso.
Ou estará livre?
Numa transcendental viagem de fantasia,
Ou seria o ficar,
Do distante que aos poucos se faz perto...
Se faz vivo,
Se faz nós.