Os deem chances

O que há com aquela doce criança, que agora chora?

Talvez tristeza por ter perdido a mãe, ou a distinta fome

do berço da dor.

Por onde anda a riqueza deste país?

Desmatadas, para que sejam feitas portas para

àqueles que têm lar.

Derramadas, para lavar o luxo que não tem cede.

Nos cegaram com a ditadura da ignorância e, enquanto

discutimos religião, futebol e novelas, o buraco se estreita

afogando mais vidas.

Arrancando sorrisos para arrecadar dor e

plantando luxúrias para prorrogar desejos obscuros

de seres desvirtuados pelo poder.

Sinto a vergonha que todos deveriam ter,

minhas lágrimas não são de salvação, mas de libertação!

Libertem-se, não os deixem nos afogar;

Não os deem chances.

O mal agora é mais forte, por que roubaram nossas

mentes e as plantaram junto com as nossas covas.

Mas ainda não a preenchemos, nós temos chances.

Podemos formar uma só religião, que tal: Respeito?

Nos respeitemos, para que enxergar o próximo não

seja obrigação, apenas ser humano.

E enquanto as lágrimas, jamais matarão a cede

daqueles que precisam, não basta chorar,

estenda as mãos, essa poderá enxugar lágrimas

e distribuir esperança.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 18/09/2013
Reeditado em 15/08/2014
Código do texto: T4487850
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