Que pena me dá . . .
Que pena me dá...,
Ver o SER se distanciar, cada dia mais, do que já foi “ser humano”, quando a família, a amizade, educação, a lealdade e o respeito, eram pilares, espontaneamente, levados a sério;
Que pena me dá...,
Ver o amor sendo traído apenas por desejos vazios, carnais, agredido por coisas pequenas, banais, sendo, de forma cruel imposto e resolvido, quase sempre, a tapas;
Que pena me dá...,...
Ver as mulheres, única fonte de pro criação, tendo que se dividir entre obrigações trabalhistas, obrigações matrimoniais e maternas, deixando sua prole à mercê de outrens e consequentemente, permitindo que seus filhos fiquem expostos ao que de pior o mundo tem para oferecer aos jovens desprevenidos, drogas, sexo irresponsável e violência;
Que pena me dá...,
Ver crianças falando em sexo, como um assunto simples, corriqueiro, de seu inteiro domínio, enquanto os responsáveis pela sua educação apenas lhes alertam sobre o uso de camisinha, sendo por isso, surpreendidos e presenteados, muito cêdo, com bebês, por quem deveria, ainda, estar brincando de bonecas;
Que pena me dá...,
Ver, já quase como fato banal, tantas famílias optando pela separação, invadidas, desrespeitadas, pelo comportamento e costumes modernos, onde o assédio se aproveita dos instantes de fragilidade, provocados pela instabilidade, na maioria das vezes financeira, outras vezes emocional e em alguns casos, a própria morte dos sentimentos, iludida pelos carinhos sem compromisso;
Que pena me dá...,
Ver tanta facilidade no acesso a vídeos excusos na internet, enquanto vejo tanto descaso e dificuldade, nessa luta tamanha, pela educação, pela saúde e pelo “inseguro” direito de ir e vir;
Que pena me dá...,
Ver a hipocrisia política permitir, primeiro, por falta de moral, segundo, por falta de interesse e compromisso com a Pátria, como o seu povo, com as suas crianças, o apêlo exagerado nas TVs, principalmente nas novelas, em horários nada recomendáveis no que concerne à família, como também nas músicas apelativas, onde a mulher e outros temas são tratados sem o mínimo respeito, ou, pior ainda, são aquelas que exaltam vícios e até, em alguns casos, o crime;
Que pena me dá...,
Ver o homem atual, trabalhador e de bom senso, trancafiado numa jaula, anteriormente chamada de casa, onde tem a insegurança por companhia e de onde pouco sai e quando o faz, o faz dominado pelo mêdo, por si e pelos seus;
Que pena me dá...,
Ver que o homem caminha, infelizmente, a passos largos, para a auto-destruição moral e intelectual, afastando-se dia após dia de Deus, dos seus ensinamentos básicos e do seu amor;
Que pena me dá...,
Não poder mais viver tão livremente a beleza do amanhecer, muito menos o romantismo e a cumplicidade acolhedora das frias, mas, tão saudosas madrugadas, palco das mais belas e inesquecíveis serenatas, nas quais o objetivo era exaltar o AMOR.
Ah! que pena me dá...