ARREBATA-ME...
Arrebata-me insano desejo,
Despe-me de todo o meu pudor...
Faz-me quebrar todas as correntes,
Liberta o grito que nunca ecoou...
A liberdade que me entregas é como um punhal,
Com ele posso ferir a insistente ausência...
Não me pergunto como tudo começou,
Não... não nadarei no lago da incerteza...
Arrebata-me insano desejo.
Frágil eu sei que sou,
Diante do mistério forte do destino,
Meus versos são puro,
Como o rosto sujo de um menino...
Vou buscando no hoje,
Que o amanhã me traga enfim...
O calor do abraço ,
Desse (nosso) "doido amor".