ONDE O OUTONO COMEÇA EM BREVE...
NO INÍCIO DA MADRUGADA DE 16 DE SETEMBRO DE 2013
Lá, onde o Outono começa em alguns dias, deposito ainda um sonho meu para viver não sei quando: que alguém que te conheça possa vir a intuir algo da nossa história, uma leve intuição, que seja. Não há provas cabais, mesmo, da nossa história, senão pegadas... vestígios... signos... todas as coisas nossas pertencendo ao reino do imponderável, mesmo as mais fundas, as mais dolorosas...
Que alguém intua algo de nós lá onde o Outono começa em breves dias. Isso conferirá um sentido e um Sentido a mim, carente de todos. Que tenho, para além disso, o direito de querer? Creio que nada, meu Amigo. Pelo menos, direito a nada que possa, de algum modo, afetar teu nome, tua vida, teu mundo. Esta é uma verdade cristalina em mim. Cristalina como a água da fonte onde eu gostaria de beber; cristalina como as águas da cachoeira nas quais eu gostaria de poder me banhar. E as águas do mar... ah, as águas do mar, numa tarde de primavera, as águas mornas onde eu possa, ainda, voltar a banhar meus pés.