Sem titulo ii
Retrato escondido que passeio comigo
Para te lembrar.
É chaga que carrego e me faz sonhar.
Vivo, para não esquecer memórias que tenho contigo,
E a minha memória é tesouro repleto de lembranças:
do teu olhar;
do teu sorriso;
do teu respirar.
E vivo pois viver é acordar, recordar-te e esperar tar contigo;
Não estar contigo é um dia não vivido.
Não te recordar é morrer sem ter vivido.
Talvez, seja loucura, genialidade, obsessão ou estarei perdido?
Questionar esta chaga, que chaga não é senão o medo da solidão.
E solidão é não partilhares comigo cada olhar; sorriso; respirar.
Tão doce,
Tão amargo.
Amargo é olhar para o céu e não encontrar a estrela do norte,
A que mostra o caminho.
Mas eu não tenho caminho e não sou viajante, mas estou perdido.
A minha estrela é outra e não quer estar comigo.
Perdi-me na vida, não reencontro o caminho, deixaste-me a viver na solidão eterna.
E que farei?
Vive-la como a última das minhas memórias;
Como a ultima das tuas recordações?
Não.
Prefiro trocar a solidão pelo vazio.
Pois no vazio não sou feliz, não sou solitário e não existo.
1.30.2006
@akmaetakta.blogspot.com