DUALIDADE
Na nossa peregrinação aqui
Por tudo o que passamos e vemos
Sinto logo que o que temos
dentro do ser que trazemos,
é um interior que a princípio
pode parecer dividido e no entanto,
ele é uno e não tem como
ser cindido.
Em tristezas e fadigas, tantas
vezes impotentes nos prostramos !
e corredores de inquietação e espanto
quantas vezes solitários palmilhamos!
A condição humana trazendo à tona de
nosso pensamento o medo e a estupefação
e nos impondo o silêncio da incompreensão.
Entretanto
O outro lado também é vero
Quando uma criança feliz nós vemos
E a Natureza em festa contemplamos
Com seus pássaros cantando
E as borboletinhas bailando...
Tudo no seu devido lugar
Os peixes no seu mar
e as flores enfeitando
o caminho dos que
estão se amando.
Uma infinidade de beleza
que a Arte nos dá e
traz ao espírito às vezes, tristeza,
como na “Tristesse” de Chopin
outras tantas, alegria como
na “Aleluia “ de Mozart
Por isso tudo, sabemos
que temos o motivo .
E o lado triste e o alegre
estão juntinhos guardados.
E isso é definitivo.
E que o ser humano é no seu natural
Às vezes bom, às vezes mau.
É a dualidade do Homem
Mas em lugar algum
deixa de ser UM .