DUALIDADE

Na nossa peregrinação aqui

Por tudo o que passamos e vemos

Sinto logo que o que temos

dentro do ser que trazemos,

é um interior que a princípio

pode parecer dividido e no entanto,

ele é uno e não tem como

ser cindido.

Em tristezas e fadigas, tantas

vezes impotentes nos prostramos !

e corredores de inquietação e espanto

quantas vezes solitários palmilhamos!

A condição humana trazendo à tona de

nosso pensamento o medo e a estupefação

e nos impondo o silêncio da incompreensão.

Entretanto

O outro lado também é vero

Quando uma criança feliz nós vemos

E a Natureza em festa contemplamos

Com seus pássaros cantando

E as borboletinhas bailando...

Tudo no seu devido lugar

Os peixes no seu mar

e as flores enfeitando

o caminho dos que

estão se amando.

Uma infinidade de beleza

que a Arte nos dá e

traz ao espírito às vezes, tristeza,

como na “Tristesse” de Chopin

outras tantas, alegria como

na “Aleluia “ de Mozart

Por isso tudo, sabemos

que temos o motivo .

E o lado triste e o alegre

estão juntinhos guardados.

E isso é definitivo.

E que o ser humano é no seu natural

Às vezes bom, às vezes mau.

É a dualidade do Homem

Mas em lugar algum

deixa de ser UM .

Esther Lessa
Enviado por Esther Lessa em 14/09/2013
Reeditado em 15/09/2013
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