Construtor da partida
Ele vaga, procurando madeiras para fazer barcos.
Navega em canoas a procura de algo que o faz sorrir.
Busca madeiras distintas para fazer adagas, ou apenas
vassouras com intuito de varrer as maldades que o cercam.
Mas quem pode saber?
Apenas ele.
Descreve resquícios de dores, transcreve saudade, no entanto, a interpretação paira livremente, não a ponto de ser julgada, apenas respeitada.
Poderás gostar do que ler-lhe, ou não, talvez você mude seu destino,
mesmo que eu desacredite.
Só não o julgue; Poesias podem estar erradas em grafia, mas sentimentos, esses, são transcritos certos, até que o peito o diz o contrário;
Talvez não o diga, pode ser a hora de usar ‘aquela adaga’, ou simplesmente sobreviver com mais uma cicatriz.
Corações podem ser mutilados, até mesmo perfurados,
porém, o que lhe dói é uma carga que o mesmo terá de carregar até a partida, ao qual o levará para o pedaço que o resta.
Eis o pedaço da vida que só terá em morte e,
enquanto faltar-lhe barco, navegará nos estreitos
mares do desejo de amar-lhe.