Às vezes alimentar um sentimento especial, por "alguém igualmente especial", é como estar preso no vazio de si mesmo  com a janela do coração aberta, porém de vidro blindado. É bem assim. Ao estender minhas mãos, ávidas do encontro, mesmo estando próximo do alvo, eu as sinto bater na dureza temperada do translúcido, seco, inerte, indiferente, distante, percebendo inatingível o sonho guardado do lado de fora. Somente do lado de fora. Sempre...Sempre...Sempre... à minha revelia.