MEDO É NORMAL

Tentar a omissão do que é sentido

Viver na espera de um sinal

O medo se dispõe até do que não pertence ao mal

Quão inconsequente é o erro

O erro do desejo

O desejo que invade a alma

O desejo que invade a mente

Que lubridia a razão?

A mente esquece o que um dia foi verdade

A mente esquece o que um dia transpareceu racional

A mente esquece

Esquece

Alma, mente, o que queres que sejamos?

Onde resguardas teu intelecto?

O amor que não é amor,

Vistos pelos olhos da tua vaidade

Por que, eu e tu somos apenas mentecaptos aos anseios

Difícil é entender o real conceito do calculista

Pensas que não percebo?

Pensas que não entendo?

De cega me vejo.

De alienada me faço

Cada pessoa, cada passo.

Palavras, gestos.

O teu olhar ao meu olhar

O teu querer, com o meu desejar.

Frios psicopatas sentimentalistas?

Ou pessoas fracas com firmes faces?

Desejos eloquentes envaidecendo mentes confinadas

Cada um detém uma capacidade

Que não deve ser partilhada

Pois somente você sabe manuseá-la

Pois assim como nem todos estão preparados para a sua verdade,

Ninguém está capacitado a usar a maturidade alheia